sábado, 27 de dezembro de 2008

Moça de ar.


De manhã um copinho de leite, ao almoço uma feijoada à moda antiga, já ao lanche trémoços para acompanhar a fresca da cerveja e agora estás no ponto do busão como uma bomba atómica pronta a explodir. É uma moça de ar e chama-se peidinho. Há quem diga que um peido é um peido, mas isso para mim é inferiorizar a bodega do peido. não me vão dizer que não sabe bem lançar para a atmosfera um belo de um peido, certo?
No outro dia, após uma breve pesquisa (não muito formal; digamos que a fonte foi a sábia da minha mãe), percebi porque damos peidinhos. Nada mais lógico: os nossos intestinos têm resgurdadas bolhas de ar; quando são expelidas pelo ânus, tomama a expressão vulgar de “peido” (nome cómico, por sinal). Mais, dizem os versados na matéria que devemos soltar cerca de 14 peidos/dia. Portanto, se sintam inibidos: peidem-se! Soltem o vosso lado mais sebento e asqueroso!
Uma outra coisa muito pertinente, ainda: reparem na quantidade de nomes que existem para o designar: peido, bufa, gás, traque, pum (…). E, para lhe dar um ar mais fofinho podemos ainda usar o diminutivo: peidinho, peidito, bufinha, punzito, (…).
Presenteio-vos com uns site onde podem descobrir coisas, de certo modo, interessantes sobre peidos.
http://tecnocientista.info/hype.asp?cod=6066 (interessante: sites sobre isto portugueses são raros. Já brasileiros existem infindáveis sites. Vá se lá saber porquê... louvados sejam os brasileiros!)

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008


O ser humano é muito estranho. Eu sou estranha, não haja dúvida. Tu és estranho, caso contrário não estarias a ler um blog cujo nome é "peidinho engarrafado". Mas mais que estranho, o ser humano é um constante insatisfeito.
Assim que nascemos resmungamos por comida, e passamos a vida inteira a fazê-lo. Enquanto somos bebés choramos por tudo e os pobres coitados dos nossos pais que se amanhem e percebam o motivo dos nossos berros. Quando somos mais crescidinhos pior um pouco. Queremos, para além de comer, emprego, roupa, amor, carinho, sexo, saúde e afins. E NUNCA estamos satisfeitos com o que temos.
Há depois a questão das idades. Quando temos 7 queremos ter 12 para podermos ir ao cinema sozinhos. Aos 12 queremos ter 14 para começarmos a pôr batôn nos lábios. Aos 14 queremos ter 16 e aos 16 gritamos que "Nunca mais chegam os 18!". É claro que depois de chegarmos aos 30 inverte-se o sentido.
"Life sucks. And then, you die"
Satisfeito ou não, vais ter de te contentar com estas linhas porque a minha inspiração não dá para mais.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ser macaco

Todas as crianças gostam de comer macacos do nariz e, apesar de já ter passado essa fase tal como tu, nunca (as) percebi muito bem.
Dizem os estudiosos e entendidos na matéria, que os humanos descendem desses animais peludos que emitem sons grutescos. Muitos são os que ficam ofendidos: pensam, talvez, descender da obra e graça do Espírito Santo; julgam-se, em nada, idênticos aos primatas.
Mas não vemos, afinal, na televisão os bichinhos a arrancar dos filhotes outros que os incomodam? O gesto é o mesmo, o prepósito também apesar da notória inocência das crianças que o fazem. Para mim, não passamos, todos, de um conjunto de macacos.
Vá, crianças, comam-nos.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Lógica da batata


Há uns dias para cá tenho tentado perceber qual é a lógica da batata. Após várias pesquisas, cheguei à mesma conclusão que já tinha, ou seja, nenhuma.
Porquê lógica da batata? Se pensarmos bem , este termo deverá querer designar algo simples e óbvio. Certo é que a batata não é uma coisa assim tão simples: cozê-las envolve um grande dispêndio de tempo, assá-las muito mais ainda, fritá-las é uma gordurice ambulante, já para não falar na chamada "batata a murro" que, no meu entender, só deve ser preparada por autenticos pugilistas para que fiquem no ponto. Eu teria tido uma ideia mais brilhante e sugestiva, tipo, a lógica do xixi ou de outros afins (que não vou mencionar): uma daquelas necessidades fisiológicas básicas. Mas pronto, decidiram juntar duas coisas que nada têm a haver uma com a outra.


P.S. - se houver alguém que me consiga elucidar acerca da famosa lógica da batata (o que julgo que é um acto fenomenal, se não, glorioso, até), tome as rédias e comente para aí.