quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

confissões de adolescente


Hoje deixei as minhas lástimas incógnitas dentro do bolso da camisa de dormir. Com este frio de fazer estalar os ossos, achei que as poderia proteger de terem lábios gretados e pele seca nos cotovelos. Dedico-me hoje, portanto, às confissões de adolescente que muitas vezes parecem estar a dormir. Acordei-as com uma almofada na nuca.
Não odeiam a sensação de ter um bicho dentro da barriga? Pois eu tenho um. Esperneia e urra. E não me larga. Para ser franca, nunca tive a cara interdita à passagem das tuas mãos nem com grandes obras: as borbulhas nunca suscitaram um problema de maior para mim; já para não falar das dores descomunais que te dão a ti que és rapariga quando estás prestes a periodar-te (já não me lembro da última vez que tive disso). Mas se há coisa que me azeda não é o vinagre das tuas palavras mas sim os pneus que trago em anexo na barriga que quase dão para transportar um veículo pesado e estas pernas moles. E quando me chega a vontade de pensar e falar disto, sento-me e espero que a vontade passe.
E tu, o que fazes?

3 comentários:

Zita disse...

Eu olho-me ao espelho e escrevo com batôn vermelho "NÃO TENS VERGONHA?"

Costuma resolver os problemas.

(Aleluia*)

Poppins disse...

Sento-me ao teu lado. []

Maria disse...

digo-te que és linda.