quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

confissões de adolescente


Hoje deixei as minhas lástimas incógnitas dentro do bolso da camisa de dormir. Com este frio de fazer estalar os ossos, achei que as poderia proteger de terem lábios gretados e pele seca nos cotovelos. Dedico-me hoje, portanto, às confissões de adolescente que muitas vezes parecem estar a dormir. Acordei-as com uma almofada na nuca.
Não odeiam a sensação de ter um bicho dentro da barriga? Pois eu tenho um. Esperneia e urra. E não me larga. Para ser franca, nunca tive a cara interdita à passagem das tuas mãos nem com grandes obras: as borbulhas nunca suscitaram um problema de maior para mim; já para não falar das dores descomunais que te dão a ti que és rapariga quando estás prestes a periodar-te (já não me lembro da última vez que tive disso). Mas se há coisa que me azeda não é o vinagre das tuas palavras mas sim os pneus que trago em anexo na barriga que quase dão para transportar um veículo pesado e estas pernas moles. E quando me chega a vontade de pensar e falar disto, sento-me e espero que a vontade passe.
E tu, o que fazes?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ora, ora...

Hoje estou para aparvalhar. (É nestas alturas que me torno perigosa!) E isto vai ser uma espécie de jogo para vocês; uma espécie de estudo para mim. A única regra é responder a verdade, só a verdade, sem medo, quer sejas rapaz ou rapariga. Não me levem a mal - falta-me só um parafuso e estou a morrer de curiosidade. Contudo, não me responsabilizo por qualquer dano causado a quem ler o que se segue...


...Mamas grandes ou mamas pequenas?

P.S (aos rapazes) - É feio, da minha parte, generalizar e gostos são gostos mas porque é que são tão importantes para vocês?
P.S (às raparigas) - Eu já me questionei muitas vezes sobre o tamanho que deve ou não ter esta parte do nosso corpo e querem saber? Não cheguei a nenhuma conclusão. Eu sou assim. Com ou sem, muito grandes ou muito pequenas, sou a mesma. Vocês também.

Este post é para as minhas companheiras que se vão rir até cair da cadeira com isto (eles sabem bem). Com amor,
Méri.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quem é a próxima a publicar? É a Zita, claro...atrasada! Sempre a mesma coisa.



05-09-09, 3:00 a.m.

Não consigo dormir. Deitei-me há pouco, mas o pouco é quanto? Tanto quanto sei, pode ser muito. Não odeiam essa sensação? Rebolar nos lençóis até ficarem com os pés de fora e pensarem vezes sem conta "Dorme estúpida..tens de adormecer...um dois três. Ainda acordada? Ai, as minhas olheiras amanhã vão ser bonitas!".
Para ver se ajudava, fui buscar o meu rádio de bolso. Adivinhem..não ajudou. Que ideia é esta de tocarem baladas pirosas na rádio a noite toda? E o pior é que parece que nasci com as letras todas enfiadas na cabeça. Portanto, em vez de adormecer canto coisas como "You are the sweetest guy I've ever met...I love you so much".
Já viram o tempo que se ganhava se não tivéssemos de dormir? Mais tempo para trabalhar (--'), para namorar, para ouvir música, ver filmes, ler ou cometer crimes hediondos. Pensando bem, talvez Deus tenha criado o sono por isso mesmo...para baixar as taxas de criminalidade. "Eh pah queres ir assaltar um banco às 3h da manhã?" "Ah não, pah. A essa hora tou a dormir. Não dispenso as minhas 8 horas de sono".
Como têm visto até agora, a minha mente não trabalha lá muito bem quando tenho sono. Não digo nada com jeito. Mas, pensando bem, não é preciso ter sono para escrever meia dúzia de palavras sem jeito. É melhor ficar por aqui senão ainda vos obrigo a juntarem-se a uma seita satânica. Nunca se sabe...o sono faz-nos fazer coisas incríveis.

domingo, 19 de julho de 2009

compras na boutique C


Hoje, de papo voltado para o céu azul e limpo, dou comigo a pensar que não só os alimentos são concebidos com prazos de validade e rótulos pré-datados: viajam no tempo connosco muitas outras coisas que duram muito menos que uma embalagem de leite ou que um ovo ao sol.
Digam-me quantas vezes não se compram o amor, a amizade, a saudade, a esperança, e uma mão cheia de outras coisas bonitas por “dá cá aquela palha”. E o mais engraçado é que compramos e não usamos.
E isto faz-me lembrar quando se compram cuecas na boutique C e passados dois dias têm um buraco do tamanho do mundo… quase que cabe lá um elefante.
Este foi o meu desabafo de hoje.
Com orgulho, Matilde cê.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Às minhas companheiras de escrita.


As saudades esmagam-me, é verdade. Vocês enchiam os meus dias. Enchem-me de coisas boas. E fazem-me tanta falta, meninas.

Um amo-vos com o nosso cheiro.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Falar sobre vingança


AAAAAAAAAAARRRRRRRRRRHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Pronto, estava a precisar disto.


O nosso mundinho está cheio de bolor. Gente que no lugar do cérebro tem peúgas mal-cheirosas a apodrecer de xulé (xulé ou chulé?). Não falo de pessoas menos inteligentes ou com dificuldades de aprendizagem. Falo, sim, daqueles que fazem de tudo para ver os outros infelizes. Falo daqueles que gostam de nos roubar os sonhos e que, depois de o fazerem, lavam as mãos e cospem-nos em cima. Há pessoas assim. Quantas conhecem vocês? (neste momento veio-me à cabeça toda a equipa do ministério da educação..mas isso é outra conversa.)
É nestas alturas de má-disposição que me apetece pôr em prática o conceito vingança. Sei pouco sobre fazer os outros infelizes (alguém me diga se estou a mentir) mas há momentos em que essas habilidades dão imenso jeito.
Por outro lado, gosto de acreditar que o ser humano não é naturalmente mau. Quando nascemos somos tão puros, tão apetitosos, tão doces. Como é que em décadas de existência adquirimos tanta maldade?
Podíamos tentar resolver tudo com rosas e fado...mas não é possível, já tentei. Então temos guerra aberta. Acho que não nascemos maus, mas eu acabei de me tornar numa pessoa horrível e vingativa.

Cuidado. Pessoa feroz e raivosa. Não aproximar.

(Caras colegas de blog...demorou um pouco, mas veio!)

sábado, 2 de maio de 2009

Oco de coco.


Um dia, vamos todos perceber que estar oco não significa que quando bates nas tuas paredes corporais tenhas, efectivamente, que ouvir o eco do som que bate na parede do outro lado do corpo. Vamos todos saber estar menos ocos, menos flácidos, menos banha de porco com entremeada. Vamos aprender a gostar do cheio, de transbordar e exagerar nas nossas feições.
Um outro dia, vamos perceber ainda que, estar oco não é não saber que dois e dois são quatro. Vamos surpreender-nos e perceber que não é o Inverno nem tão pouco o Outono que nos deixam ocos e despidos porque fazem cair dos nossos braços as folhas que nos vestiam. Porque oco não é por fora, mas sim, por dentro.

Um dia. Mas é só um dia. Enquanto tudo forem só dois dias, não vamos saber isso.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Perfumaria Barata

A inocência das crianças é algo que nos aquece e que tanta vezes nos faz rir ou corar de uma forma que já nem imaginávamos conseguir. Bem sei. Hoje abro o meu livro de recortes e de uma forma bem directa e sincera barafusto contra o mau cheiro que paira/pairou em Leiria.
Com a chegada da Primavera os porcos e os senhores das estações de tratamento e dos campos, digo eu, entusiasmaram-se e decidiram burrifar-nos com um pouco do seu perfume. Desconfio, até, que tenham despejado de um avião qualquer litros da água de colónia barata que eles usam, todos dias. Blaick! Confesso que me enjoa.
Houve vezes em que ia na rua e já não sabia se o cheiro era meu ou não; se mais alguém o estava a sentir. Convenhamos que é um pouco (muito grande) desagradável. Por favor, tenham dó de mim, de nós que gostamos do perfume que usamos!
P.S - Já ando há umas semanas para escrever este texto mas tem de se respeitar a ordem de escrita.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

É isso mesmo

Aparte 1: Não, as autoras do Peidinho Engarrafado não deixaram de escrever. Sim, é a minha vez de postar. E não, não faço a mínima ideia do que é que vou falar.


Bananas, está decidido. Vou falar de bananas. (AhhhAhhh..Bananas!)
Porque é que toda a gente ri quando se fala de bananas? (AhhhAhhh..Bananas!)
Porque é que há um milhão e meio de anedotas sobre bananas? (AhhhAhhh..Bananas!)
Nunca ouvi anedotas com kiwis! E eu gosto de kiwi!
Porque é que as bananas até têm músicas? ("Como o macaco gosta de bananas eu gosto de ti"? Mas o que é isto? "El unico fruto del amor: é la banana, é la banana..."?) (AhhhAhhh..Bananas! Hilariante!)
Será que vivemos numa sociedade assim tão consporcada e preversa? (Sim, vivemos.)
Para finalizar a minha revolta bananal deixo-vos a definição de banana (AhhhAhhh..Banana!) que não é mais que um fruto (ou melhor: uma pseudobaga, o que quer que isso seja).

A banana é o fruto (ou melhor: uma pseudobaga) da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule (e não uma "árvore", apesar do seu porte) da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas"). As bananas constituem o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, a seguir ao arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. São originárias do sudeste da Ásia, sendo actualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta.
Com a cortesia do Wikipedia

Aparte 2: Não, não perdi o juízo. E sim, mais valia nem ter escrito nada. Bananas? (AhhhAhhh..Bananas!) Onde estava eu com a cabeça?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

piano voador.



Tomo a liberdade de vos informar que existem ainda pianos voadores: há um "diz que disse" por aí nas bocas do mundo que afirma que ainda se atiram pianos da janela fora.
Imaginem-se enervados. Já está?
Agora imaginem-se indivíduos possuidores de um tamanho camarro capaz de levantar um boi, um elefante, um gorila do Amazonas e um panda-gigante da China, num só braço. Imaginem-se também muito enervados, com o vosso estado neurótico a atingir o seu auge, com os olhos muito vermelhos e as veias do braços e das axilas mais nítidas que qualquer outra borbulha gorda da vossa cara. E agora, imaginem qual era a primeira coisa que fazia se à vossa frente se encontrasse um piano que plantava no ar uma música de embalar para bebés.
Lá está: pegavam no piano e faziam dele uma ave de rapina a voar sobre o parapeito da janela.
Com isto tudo, resta-me dizer: quando passerem perto de um arranha céus, olhem para cima antes de darem um passo em frente.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

História (des)Encantada

Todos conhecem, dos tempos de criança, a história do Capuchinho Vermelho. A parte que melhor me cabe é aquela assim:
- Oh avózinha, para que são uns olhos tão grandes?
- São para te ver melhor, queridinha!
Os meus não são para ver melhor mas para deixar um ligeiro rasto de medo, segundo consta.
Dá-se recompensa rechunchuda a quem conseguir capturar um Lobo-Mau de olhos feios. Chamem a polícia! Encontraram-no; estou aqui! Eu sou, realmente, um Lobo-Mau à solta, acreditem, mordo e tudo. E no fim também morro? Só traria benefícios: podiam fazer uma canjinha e uns quantos tapetes para o chão da vossa casa de banho.

sábado, 21 de março de 2009

Too much school will kill you


És daqueles que chega ao fim do período com os neurónios chamuscados, as pestanas ardidas, um mau humor do caraças e um rasto de loucura a correr-te pelo sangue? Se sim, estás na moda.
Estudantes sofrem. Esfolam-se a trabalhar, acordam com umas olheiras até aos joelhos, engordam porque afogam o desespero em chocolates ou emagrecem porque não têm tempo para comer.
Quando tiram uma nota jeitosinha, até parece que todo o árduo trabalho valeu a pena. Mas quando, por deslize, as notas baixam soltam a fera. Nestas ocasiões é comum ouvir: "Eu sabia, eu sabia! Estúpido, estúpido!!! Mas como é que fui errar isto? Só faço asneiras. Distraído!!! Mas a culpa também é do stor desculpa lá. Esta pergunta estava mal formulada! E valia 20 pontos! Que exagero. Nem as cotações sabe distribuir. Incompetente!" E coisas do género.
Umas férias sabem sempre bem. Descansa-se, não se faz nada, descansa-se mais um bocadinho e vê-se televisão. Ou então desespera-se o tempo todo porque duas míseras semanas passam num instante.
Mas vê o lado positivo: Ser estudante é a tua melhor fase de vida (Melhor fase de vida? MELHOR FASE DE VIDA? Matem-me.)

terça-feira, 3 de março de 2009

Grelos: para que vos quero?


Descobri hoje que, afinal o ser humano é possuidor de dois olhos que não são mais do que isso mesmo: olhos. Dois grelos aos quais não é empregue qualquer tipo de função se não a de mijar. Deste modo, quem mija não é a pila nem o pipi mas sim os olhos. De modo análogo, quem vê não são os olhos mas sim a pila e o pipi.
Passo a explicar: fruto do acaso, ocorrem distorções das imagens que são percepcionadas pelos olhos e assim, nós lemos “A”, percebemos que lemos “A” mas, ignorantemente falamos de “B”, explicamos “B”, pensando que, aquilo que anteriormente tínhamos lido era “B”. E f***** para o “A” que nasceu e para o “B” que não morreu.
Toda esta revolta devido à febre dos testes intermédios e à loucura da Biologia que resolveu inventar teorias para tudo quanto é bicharada, como sejam a teoria Lamarckista e Darwinista.

Tenho dito.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

AM-FM

É muito simples: o amor é como as músicas comerciais que passam a toda a hora na rádio - é moda. Sintonizas-te para a estação/pessoa que mais gostas e abanas a cabeça ou bates os pés ao ritmo da música que dá. No caso de hoje, o facto de abanares a cabeça apenas quer dizer "Sim, sim, com certeza, estás perdoado" porque a música que anda agora a passar em todas as rádios tem o seguinte refrão:
"Ai, eu traí-te mas só um bocadinho.
Sim, amor, é só o quarto bocadinho.
Eu gosto muito de ti mas só um bocadinho"
Mau! Gostas muito de mim ou só um bocadinho? Esta é a minha grande questão!
Agora, vou pôr o volume no máximo (a música está a começar outra vez!) e ter atenção, posso ter ouvido mal. Afinal, andam para aí muitas avarias na transmissão de sinais; vou, mas é, modular bem a minha onda e ajeitar a minha frequência.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

graxa ao cágado


Hoje presenteio-vos com pudim boca-doce: uma coisa que todos gostamos de comer e que é rapidamente confeccionada.
Coloque mais de duas pessoas reunidas e triture-as. Deixe-as meticulosamente migadinhas para que o posterior grau de adesão seja maior. Apimente a relação que cada grão de pessoa estabelece entre si: vai notar que vai surgir no ar uma nuance de conversações paralelas no qual um fulano diz que disse a uma Maria que ela tinha uma camisa bonita (no fundo a Maria tinha um buraco no suvaco). Tempere com (mais) más-línguas: o Manel vai dizer à Albertina que ela tem uns seios brancos bem apetitosos, a Albertina vai dizer à Joaquina que a mala dela rosa-choque ficava melhor se tivesse uma tira verde fluorescente. Deixe repousar este refogado e espere que o cágado apareça com uma carapaça tão brilhante que até ofusca de tanta graxa que lhe deram.
Sirva bem frio.


p.s. foi o meu pequeno desabafo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Não é a minha vez de postar

Matilde Cê, desculpa lá. Era a tua vez de escrever, eu sei. Mas é por uma boa causa: recebemos um desafio do blog "Mãos no fogo". Chama-se Meme (penso eu...não quero mentir). É assim:

«Você diz 9 coisas aleatórias a seu respeito, não importando a relevância.Tendo de ter 6 verdades e 3 mentiras. Quem receber o Meme, deverá postar as 3 coisas que acha serem as mentiras do blogueiro que lhe passou o Meme».

Então, respeitando as regras do jogo, vou tentar adivinhar as mentiras da Jo.
- Sou claustrofóbica
- Mudei de curso no 12º ano
- Quero estudar em Coimbra

Agora sobre mim:
- Tenho um tumor na perna
- Já fui mordida 3 vezes por um peixe-aranha
- Adoro comer tudo o que é verde
- Nunca tive varicela
- Faço ballet desde os 5 anos
- Quando era pequena dormia com 9 peluches
- Tenho medo do escuro
- Já pus o meu irmão no hospital 2 vezes
- A minha cor preferida é o vermelho
(O que é verdade e o que é mentira?)

Lanço o desafio a:
- Matilde Cê, "Essa boneca tem manual"
- Beatriz Cró, "Com outras palavras"
- Pandora, "Caixa de Pandora"

Companheiras de escrita, espero não ferir susceptibilidades. O desafio foi dirigido ao "Peidinho engarrafado" e eu tomei a liberdade de responder a ele. Agora é a vossa vez.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ar e vento

Fazem agora, muito mais de dez minutos desde que ando neste escreve-apaga; cheira-me que isto, hoje, vai sair uma grande borrada.

Tinha falado, já, com a Carolina que hoje ia escrever sobre "O Tempo Parado", visto que mais de metade dos relógios daquela escola estão avariados, mas não tenho ideia nenhuma. Então vou falar exactamente sobre isso: cabeças cheias de ar e vento sem inspiração para escrever textos bonitos e/ou com piada!
Pensamos: Ah, hoje vou escrever! Escrever o quê? Sobre mim, ti ou sobre outro fulano qualquer? Sobre o calor ou o frio?
Mais, não bastava já tudo o tentamos arrumar dentro das nossas (pequenas) cabeças e ainda nos vêm os professores de filosofia pedir para escrever; o problemas não é escrever mas a pressão do tempo e do conteúdo. À filosofia podemos, bem, juntar o Português e a, melhor de todas, Fisica-Química! Mas será que cabe na cabeça de alguém fazer uma composição sobre o funcionamento do microfone e/ou altifalante?

(Foi a minha pequena revolta. Concordem para não me sentir tão fora do normal.)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Cala-te.



Silêncio...Não há nada melhor.
Fala-se por aí de poluição. Poluição do ar, das águas...Mas, ao que parece, todos se esqueceram da poluição sonora. Meus caros amigos, ela existe. Não a esqueçamos.
Muahahahahah

Quando abres a janela do carro para gritar " OH ALBERTO! ENTÃO, JÁ NÃO SE DIZ NADA?!? " estás a poluir o ambiente. Quando dás um grito estérico porque aquele-bonzão-dos-olhos-azuis te piscou o olho estás novamente a contribuir para um mundo pior. E digo mais: o professor de Geografia da ESFRL devia ser preso pela constante prática do crime supra-citado. (Meu Deus..o homem tem cá uns pulmões!)

Depois há aqueles que, num momento límpido do mais puro dos silêncios, comentam estupidamente "Eina. Calaram-se todos. Que silêncio!". Não há nada pior. Se há coisa que eu não suporto é este tipo de situações...causam-me cá uma tosse. Abaixo os fura-silêncios.
Já sabes. Se queres fazer algo pelo Mundo, cala-te. Não me obrigues a utilizar o cliché "O Mundo está nas nossas mãos".


sábado, 24 de janeiro de 2009

espermatozóide vencedor


Hoje venho com um tema, de certo modo, melodramático.
Pergunto-te: quantas vezes já pensaste na morte e no suicídio. Tu respondes (ou não) e eu concluo que já foram vezes demais, visto que pensar uma vez já são vezes demais.
Informo-te, caso não tenhas já considerado esta hipótese, que és um espermatozóide vencedor. Eis que os teus pais se encontram afogueados e o calor da noite (ou do dia, sei lá) os deixou caídos no meio de suores e prazeres e afins que não vale a pena mencionar. No acto sexual, no útero da mulher são deixados à deriva milhões e milhões de espermatozóides. Todos partilham do mesmo objectivo, a mesma meta mas apenas um é digno da vitória desta corrida que se trava agora. A meta é alcançada: espermatozóide e óvulo abraçam-se e unem-se. Agora são um só. Esse “um” és tu. Foste tu o escolhido. No meio de tantos outros milhões que podiam nascer, bem mais macacudos ou bisontes que tu, tu foste o escolhido. Pode até fazer-se uma analogia entre o Euromilhões e a Fecundação, julgo. Tu és o prémio!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Epíteto Específico

O livro de Biologia diz, mais ou menos, que um epíteto específico é um adjectivo que só pode ser utilizado quando acompanhado pelo nome do género. E mais, é em letra minúscula. (Isto falando de sistemática e nos grupos taxonómicos)
Então, e tu? Ou e eu? Eu tenho de ir atrás da rapariga mais sexy da minha escola, a seguir-lhe as manias e futilidades? E tu, tens de ir ao mesmo restaurante que toda aquela gente famosa que na realidade não conheces nem um bocadinho? Eu respondo: (a babar-me) Sim! Mas, apenas porque somos hipócritas e pouco salgados.
Farto-me de afogar na banheira, e tenho a certeza que tu também, os meus complexos de pobratanas e simplória. Hoje importa mais um sorriso rasgado com os dentres brancos e alinhados para uma revista qualquer do que um abraço apertado misturado com os suores dos corpos. É realmente e incrivel e injusto o facto de que se não atingires o limite X, não chegas nem a ser respeitado no mundo destas criaturas.
Falta-nos um bocadinho de um eu, às vezes. Grita mais alto que eles, espreita para todos os buracos da parede da tua rua, ri-te sozinho.
Eu valho mais do que três mil escudos para ser carimbada como sinal de pertença a fulado ou sicrano. Tu não?

domingo, 18 de janeiro de 2009

Quem é(s)?


- Truz truz
- Quem é?

- Boa pergunta.


Afinal de contas, quem és tu?
Ah, prazer; eu sou a Maria Inês. Mas...Quem és tu? O resultado de uma noite de loucura ou o fruto de um mês de tratamentos de fertilidade? Um revolucionário? Um pacifista? Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado? Se não sabes responder, os meus parabéns. És o membro número 100.ooo.ooo.ooo.ooo do CDI (Clube dos Ignorantes). Não leves a mal, eu também pertenço (membro número 1).

Agora que já te deu para rir e descontrair um bocado, deixemo-nos de parvoeiras. Este assunto é demasiado profundo para admitir piadas. Todos passamos por uma fase em que nos questionamos quem somos e qual é o propósito da nossa existência. Eu passei-a hoje à tarde, das seis às seis e meia. Foi uma fase curta da minha vida. Curta, não muito intensa. Há quem passe anos nela...Eu simplesmente achei que não valia a pena. O que sou, quem sou, o que faço nesta esfera, é um mistério. Vai sempre ser. E sabem que mais? Quero lá saber.
Antes prefiro viver a minha vidinha na ignorância do que saber que sou um ninguém destinado a fazer nada, e cujo propósito no mundo é morrer. Não é o que somos todos? Talvez não. Lá está, ninguém sabe e é bom não saber.
O conselho do dia: Junta-te ao CDI e faz propaganda por aí. Quantos mais, melhor.

(Não me resposabilizo por quaisquer efeitos melancólicos que este texto possa provocar)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Caldo de galinha


Pensando bem, a vida é um belo d'um caldo de galinha. Até podia ser uma simples canja, uma sopa de espinafres ou até um soufflé de queijo recheado com um suculento naco de carne, ou, quiçá, um arrozito de ervilhas com umas favas verdocas. Mas não, é um caldo de galinha. Passo a explicar o porquê da minha escolha. Analisando bem a nossa vida e, assim muito sintetizadamente, acordamos e olhamos de relance para o espelho na esperança de encontrar reflectida uma Angelina Jolie ou uma Juliana Paes; em vez disso, vemos uma Betty Feia ou, possivelmente, até uma Cruella Devil: gritamos desalmadamente que nem galinhas, melhor… cacarejamos porque por esta altura, as nossas vozes não são mais do que três cordas vocais e meia condenadas a badelar e acordar toda e qualquer pessoa que durma que nem pedra. Lá nos recomponhos e empiriquitamos cheias de berliques e berloques e, sem querer, exageramos nas bijouterias e, no final das somas, já não somos piriquitas mas sim peruas. Depois tomamos o pequeno-almoço, que não é pequeno mas sim migalhas tipo milho porque temos medo que a balança, quando lhe saltamos em cima, se suicide. O que é que eu posso revelar mais de pertinente: lá para o meio dia pomos uns ovitos castanhos com um aspecto muito (ou nada) apetitosos que, com muito amor, oferecemos ao nosso mais-que-tudo. Quando os ovos surgem com mais frequência, passamos a ser as galinhas dos ovos d’oiro (ou melhor, dos ovos podres).
Ora bem, já expliquei a galinha e os ovos. Falta o caldo. Ora bem, o caldo é quando, no fim de chegarmos a casa nos enfiamos debaixo dos lençóis e nos sentimos, acima de tudo, sardinhas moídas de molho.
Tudo isto para dizer que a nossa vida se resume a comer, cagar e dormir. (Ok. Eu não redigi este texto).

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Como rebolar em duas semanas.

É mais que certo: dá qualquer colapso à Humanidade durante as chamadas, estudantis, Férias de Natal. Em duas semanas, as cabeças das pessoas, normalmente cheias, atolhadas, de problemas convertem tudo em chocolates, rebuçados e bombons de várias cores.
Para o Natal já todos levam como obrigação dar uma lembrança a este e àquele amigo que não pode ser esquecido. Eu sei, não é por mal, apenas querem demonstrar o carinho que se tem por alguém e optam sempre, mesmo que em acto de desespero, por algo tão doce como o chocolate. Já lá vai o tempo em que recebíamos meias de todos os tamanhos, cores, padrões (..) Já lá vai o tempo em que recebíamos barbies, e nenucos que faziam xixi. Agora, são chocolates e mais chocolates desta e daquela marca. Vêm em caixas redondas, quadradas, trinagulares e com ou sem desenhos.
Depois de excessos infindaveis, chega o fim de (mais) um ano e todos prometem: Este ano vou começar a fazer dieta - algo que ninguém chega a cumprir. E, pior que ganhar uns quilos e uma dúzia de borbulhas, é que acabamos por ficar com diarreia!

domingo, 4 de janeiro de 2009

A curiosidade matou o gato


Qual é a tua? Pareces parvo, da maneira como chamas pela perigo e pela dor. Quase parece masoquismo. Sim, estou a falar para ti. Bah, agora não me venhas dizer que não sabes do que é que estou a falar.
Sabes quando alguém te diz "Não cheires as minhas meias que cheiram a chulé!" e tu, feito parvo, abres as narinas, pegas nas meias e desejas não o ter feito? Ou então quando alguém, querendo proteger a tua inocência, te avisa "Não toques nesse cacto que ficas aflito!" e meia hora depois estás nos cuidados intensivos a tirar espinhos da mão? Também há aquela "Não abras os olhos". O que é que fazes? Espreitas, pronto. Não vale usar sinónimos. Outro desses teus episódios: "Não andes todo nú pela casa! Vais constipar o grilo!"...Nem preciso de dizer como acaba.
É inevitável. Fazes tudo o que te dizem para não fazeres. É mais forte ...O bichinho entra-te no corpo e sobe-te à cabeça. Tens de o fazer e ponto final. "O fruto proibido..."
Moral da história: Tu e a tua curiosidade vão acabar por matar-te.

Ah, deixa lá...Eu também já quase que destruí o mundo com essas manias. Mas, lá está, eu não sou exemplo para ninguém.

(Pergunto-me se esse tipo de psicologia invertida funciona nestes casos: Não leias este blog. Nem te atrevas a comentar!)